terça-feira, 16 de julho de 2013

WEP, WPA, WPA2: o que as siglas significam para o seu WiFi?

Você está todo feliz, pois acaba de comprar o seu roteador WiFi e finalmente vai poder compartilhar sua internet pela casa toda, para usar em seu video game, celular,
notebook e qualquer outro dispositivo. Quando receber os amigos em casa, todos vão poder subir fotos para o Facebook ou Instagram sem depender da conexão 3G. Mas,
na hora de configurar, vem a dúvida: o que são todas aquelas siglas e protocolos de segurança?

No momento de configurar a rede, você vai se deparar com os termos WEP, WPA e WPA2. Na ordem, estamos falando de padrões do mais antigo para o mais recente, e essa
sequência história também é refletida em termos de segurança. Quanto mais novo o sistema, mais protegidos estarão os seus dados e conexão.

Então, o que quer dizer cada sigla dessa sopa de letrinhas?
WEP: Wired Equivalent Privacy
O algoritmo de segurança mais usado do mundo foi criado em 1999 e é compatível com praticamente todos os dispositivos WiFi disponíveis no mercado. Justamente por
ser tão popular, é também o mais sujeito a falhas de segurança e o que possui mais buracos conhecidos.

O padrão WEP se torna mais inseguro à medida que o poder de processamento dos computadores aumenta. Por ser um sistema de segurança de 128 bits (fator que define
os caracteres possíveis, ou seja, o número máximo de combinações de senha), é possível descobrir a palavra-passe de uma rede WiFi desse tipo em poucos minutos por
meio de um software de ataques.

Oficialmente, o WEP não é considerado um padrão desde 2004, quando a Wi-Fi Alliance — associação que certifica produtos sem fio e promove a tecnologia — encerrou
o suporte a ele. É altamente recomendado que você não use esse protocolo.
WPA: Wi-Fi Protected Access
Quando o WEP saiu de circulação, o WPA entrou em seu lugar como o protocolo-padrão da indústria. Adotado formalmente em 2003, a novidade trazia encriptação 256
bits e uma segurança muito maior para as redes. Além disso, sistemas de análise de pacotes – para verificar alterações e invasões – e outras ferramentas foram implementadas
para melhorar a segurança.

O problema aqui é que a arquitetura WPA foi produzida de forma a não tornar os dispositivos WEP obsoletos, e sim atualizáveis. Com isso, uma série de elementos
do protocolo antigo foi reaproveitada e, com ela, diversos dos problemas do antecessor também acabaram presentes na nova versão.

A descoberta de senhas por meio de processamento também é uma ameaça aqui, mas não acontece exatamente da mesma maneira que no antecessor. Em vez de usar a força
bruta para descobrir senhas, os criminosos podem atingir sistemas suplementares, herdados do protocolo WEP, que servem para facilitar a configuração e conexão entre
dispositivos antigos e modernos.
WPA2: Wi-Fi Protected Acces II
O sistema-padrão atual e também o mais seguro, implementado pela Wi-Fi Alliance em 2006. A diferença aqui é a maneira como o sistema lida com senhas e algoritmos,
excluindo completamente a possibilidade de um ataque de força bruta. Sendo assim, esse é o tipo mais seguro da atualidade. Segundo especialistas, o risco de intrusões
para usuários domésticos com WPA2 é praticamente zero.

Isso se deve a duas outras siglas incompreensíveis. O AES (Advanced Encryption Standard), um novo padrão para a segurança das informações, e o CCMP (Counter Cipher
Mode), um mecanismo de encriptação que protege os dados que passam pela rede. O WPA2 é tão complexo que muitos dispositivos, mesmo recentes, não são compatíveis
com ele.

Uma das poucas vulnerabilidades conhecidas atinge diretamente usuários corporativos e exige que o atacante possua acesso normal à rede sem fio. Uma vez conectado,
o hacker poderia assumir o controle de outros dispositivos ligados à rede, incluindo dados contidos neles ou transferidos a partir das máquinas. Mais uma vez, isso
se deve a programações de compatibilidade para ligação de roteadores antigos e modernos.
E qual escolher então?

A melhor opção sempre é a mais segura. Mas, em alguns casos, aparelhos que você possui em casa podem não funcionar com o protocolo WiFi escolhido. Por isso, eis
um ranking de segurança para que você possa configurar sua rede da melhor forma possível, da mais protegida até aquela que libera geral:
1. WPA 2 com AES habilitado;
2. WPA com AES habilitado;
3. WPA com AES e TKIP habilitado;
4. WPA apenas com TKIP habilitado;
5. WEP;
6. Rede aberta.
Além disso, é importante ficar atento para algumas condições que podem parecer seguras, mas que na verdade não são. Por exemplo:
• Esconder o nome da rede: isso, apesar de impedir que pessoas não autorizadas localizem e tentem se conectar à sua rede, faz também com que seu computador esteja
constantemente buscando a sua conexão e divulgando o nome dela por aí. E esse sinal, nas mãos de uma pessoa que saiba identificá-los, permite que elas acessem sua
rede normalmente;
• Filtragem de MAC: todo dispositivo de acesso WiFi possui um endereço próprio, chamado MAC, que o identifica na rede. Qualquer roteador possui sistemas de proteção
que permitem apenas o acesso de máquinas autorizadas. Ainda assim, porém, é possível para qualquer um verificar quais são os endereços dos dispositivos conectados
e maquiar a própria identidade para se parecer com um deles;
• IP fixo: roteadores designam automaticamente os IPs para cada máquina conectada. Para muita gente, porém, desabilitar essa função seria uma forma de controle,
já que depende de uma inserção manual de dados a cada nova conexão. O único problema disso é que uma rápida busca no Google já é capaz de ensinar como modificar
ou dar um número à própria máquina.
Para quem quer proteger as próprias informações de olhos curiosos e criminosos, todo cuidado é pouco. E as conexões WiFi, apesar de apresentarem comodidade extrema,
podem também representar um perigo constante se não forem bem configuradas.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

LTE (Long Term Evolution)

LTE (Long Term Evolution)




O LTE, também conhecido como 4G, é o projeto mais ambicioso do 3GPP (3rd Generation Partnership Project) que visa melhorar o padrão de telefonia
móvel UMTS, utilizando de uma maneira mais eficiente o espectro disponível, melhorando a qualidade dos serviços e reduzir custos. O LTE promete
taxas de download de 326,4Mbits/s, taxas de upload de 86,4Mbits/s, tempo de ida e volta (RTT) de menos de 10ms e raio das células podendo
atingir até 100km. Está previsto para ser lançado no Release 8 do 3GPP.
O LTE é baseado fundamentalmente no protocolo TCP/IP e possui a E-UTRAN (Evolved UMTS Terrestrial Radio Access Network), análogo ao UTRAN
existentes nas redes UMTS atuais. A grande diferença é a sua interface física com o ar, onde foi especificado o uso do modelo OFDMA (Orthogonal
Frequency-Division MultipleAccess) para o sentido de downlink, podendo serem usadas até 1200 portadoras, e uso de SC-FDMA (Single CarrierFrequency-division
multiple accessFrequency Division Multiple Access) para o sentido de uplink. A codificação mais utilizada é a codificação Tubo, podendo ser
alterada, pois o padrão também especifica o uso da técnica AMC (Adaptative Modulation and Coding) já descrita anteriormente, usando as modulações
QPSK, 16QAM e 64QAM. Para as transmissões, podem ser utilizadas tanto a técnica TDD (Time Division Duplex) quanto a FDD (Frequency Division
Duplex).
Um dos fatores que possibilita o LTE atingir taxas tão elevadas de transmissão é o uso da tecnologia MIMO (Multiple Input Multiple
Output), ou seja, fazer uso de várias antenas para a transmissão. O E-UTRAN especifica que todas os Nodes-B ou estações base devem ter no
mínimo 4 antenas.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

IPHONE, IPODE e IPAD, como funcionam para cegos?

No dia 20 de outubro deste ano, 2011, saí para, finalmente, comprar um
IPHONE 4. Animado, mas temeroso de como os aparelhos da APPLE funcionavam
para pessoas com deficiência visual, passei por todas as operadoras pedindo
uma demonstração.

A primeira surpresa que tive foi a de que nenhum dos atendentes de
operadoras sabiam como colocar o Voice Over, leitor de tela nativo desses
aparelhos, IPHONE, IPODE e IPAD, para funcionar. Mas como eu saí para
comprá-lo devido a algumas navegações que meu amigo cego, Wellington Alves
fez para mim, comecei a colocar, diante cada vendedor surpreso, o aparelho
falando. O caminho para isso acontecer é a partir da tela principal é:
Ajustes, Geral, Acessibilidade, Voice Over.

Que maravilha. O sintetizador de voz, conhecido por algumas pessoas cegas e
chamado de Rachel, de voz feminina, clara mas não totalmente humana,
guardando vestígios de sua robotização nas velocidades mais altas, começa a
ler ícones, tela inteira, tudo! Vamos começar por distinguir o que seja
leitor de tela de sintetizador de voz.

Parece lógico, mas vamos fazer isso. Um leitor de tela tem seu nome dessa
forma para ficar mais fácil o que seja, mas ele não lê a tela! Um leitor de
tela lê o código que está por trás da tela e é a partir dele que a tela
aparece para todos. Dizemos que a tela está sendo renderizada a partir do
código. O leitor de tela, então, não lê a tela, mas o código que a produz.
Seria como um tradutor de código. O leitor deixa sua tradução em um buffer,
um espaço virtual, de onde é lido pelo sintetizador de voz. Dessa forma,
alguns leitores de tela permitem que diferentes vozes, ou seja, diferentes
sintetizadores de voz, com mais ou com menos robotização, possam nos fazer
ouvir o que está na tela. No caso do IPHONE, o leitor de tela é o Voice Over
e o sintetizador de voz é o Rachel, muito bom.

VoiceOver - Como navegar pela tela sem relevo.
O VoiceOver descreve, em voz alta, o que aparece na tela. Assim, você pode
utilizar o iPhone sem ter que vê-lo. Ele descreve cada elemento da tela
conforme é selecionado. Quando um elemento é selecionado, esse elemento é
envolto por um retângulo preto (para benefício das pessoas que podem
enxergar a tela) e o VoiceOver diz o nome do item ou o descreve. O retângulo
preto é referido como "cursor" do VoiceOver.

Se um texto for selecionado, o VoiceOver lê o texto. Se um controle (como um
botão ou interruptor) for selecionado e o recurso Falar Dicas estiver
ativado, o VoiceOver poderá dizer a ação que o item realiza ou fornecer
instruções a você, como, por exemplo, "dê dois toques para abrir". Quando
você vai para uma tela nova, reproduz um som e, em seguida, seleciona e fala
o primeiro elemento que está na tela (normalmente, o item do canto superior
esquerdo). O VoiceOver também permite saber quando a tela muda para a
orientação horizontal ou vertical e quando está bloqueada ou desbloqueada.

Importante: O VoiceOver altera os gestos utilizados para controlar o iPhone.
Depois que o VoiceOver for ativado, você precisará usar os gestos do
VoiceOver para o utilizar o iPhone--até mesmo para desativar o VoiceOver a
fim de retomar o funcionamento padrão. Você também pode definir Início
Triplo Clique para ativar ou desativar o VoiceOver.

O VoiceOver possui uma central de dicas (ativar ou desativar as dicas
faladas). Caminho: Em Ajustes, escolha Geral > Acessibilidade > VoiceOver e
toque no botão Ativar/Desativar do recurso Falar Dicas. Quando a opção Falar
Dicas está ativada, informa você sobre a ação do item ou fornece
instruções - por exemplo, "toque duas vezes para abrir." A opção Falar Dicas
está ativada por padrão.

Para definir a velocidade da fala do VoiceOver: Em Ajustes, escolha Geral >
Acessibilidade > VoiceOver e ajuste o controle deslizante Velocidade da
Fala.

O VoiceOver utiliza um tom mais alto ao digitar uma letra e um tom mais
baixo ao apagar uma letra. O VoiceOver também utiliza um tom mais alto
quando fala o primeiro item de um grupo (como uma lista ou tabela) e um tom
mais baixo quando fala o último item de um grupo.

Gestos do VoiceOver.
Quando o VoiceOver está ativado, os gestos da tela sensível ao toque possuem
efeitos diferentes. Estes e alguns gestos adicionais permitem que você se
mova pela tela e controle os elementos individuais quando estes são
selecionados. Os movimentos do VoiceOver incluem os gestos de tocar ou
passar um, dois, três ou quatro dedos. Para obter melhores resultados ao
utilizar os gestos com mais de um dedo, relaxe e deixe que seus dedos toquem
a tela com algum espaço entre eles.

Você pode utilizar técnicas diferentes para utilizar os gestos do VoiceOver.
Você pode, por exemplo, tocar com dois dedos utilizando dois dedos de uma só
mão ou um dedo de cada mão. Também pode utilizar os polegares. Muitos
usuários opinam que o gesto do toque dividido é especialmente eficaz: em vez
de selecionar um item e tocá-lo duas vezes, você poderá tocá-lo e manter
pressionado um item com um dedo e, em seguida, tocar a tela com outro dedo.
Tente utilizar técnicas diferentes para descobrir o que funciona melhor para
você.

Para praticar os gestos: Em Ajustes, escolha Geral > Acessibilidade >
VoiceOver e toque em Prática do VoiceOver. Quando acabar de praticar,
pressione OK.

Veja abaixo um resumo dos gestos principais do VoiceOver:

Alguns dos gestos principais e suas funções..
a.. Tocar: Fala o item.
b.. Tocar duas vezes com um dedo: ativar o item.
c.. Passar o dedo para a direita ou para a esquerda: Seleciona o item
seguinte ou anterior.
d.. passar dois dedos para cima: Lê tudo a partir da parte superior da
tela.
e.. Passar dois dedos para baixo: Lê tudo a partir da posição atual.
f.. "Esfregar" com dois dedos : Mova dois dedos para trás e para frente
três vezes rapidamente (fazendo um "z") para ignorar um aviso ou voltar para
a tela anterior.
g.. Passar três dedos para cima ou para baixo: Rola uma página de cada
vez.
h.. Passar três dedos para a direita ou esquerda: Ir para a página
seguinte ou anterior.
i.. Tocar com três dedos: Fala o estado da rolagem (qual página ou linhas
estão visíveis).
j.. Toque com quatro dedos na parte superior da tela: Selecione o primeiro
item na página.
k.. Toque com quatro dedos na parte inferior da tela: Selecione o último
item na página.
l.. Toque dividido: Uma alternativa para selecionar um item e o toque
duplo é tocar um item com um dedo e, em seguida, tocar a tela com outro para
ativar um item.
m.. Toque duplo com dois dedos: Atende ou finaliza uma ligação. Reprodução
ou pausa no iPod, YouTube, Gravador ou Fotos. Tira uma foto (Câmera). Inicia
ou pausa a gravação da Câmera ou Gravador. Inicia ou para o cronômetro.
n.. Toque duplo com três dedos: Silencia ou ativa o som do VoiceOver.
o.. Para desbloquear o iPhone: Selecione o controle Desbloquear e toque
duas vezes na tela.
p.. Silenciar o VoiceOver: Toque duas vezes com três dedos. Toque duas
vezes novamente com três dedos para reativar a fala. Para desativar somente
os sons do VoiceOver, ajuste o controle Toque/Silencioso como Silencioso.
q.. Ativar ou desativar a cortina de tela: Toque três vezes com três
dedos. Quando a cortina de tela está ativada, o conteúdo da tela fica ativo
sonoramente mesmo quando a tela é desligada. A cortina é apenas um
escurecimento da tela para que outras pessoas não fiquem assistindo sua
navegação em lugares públicos.
r.. Falar a tela inteira desde a parte superior: Passe dois dedos para
cima.
s.. Para falar do item atual até a parte de baixo da tela, Passe dois
dedos para baixo.
t.. Você pode escutar as informações do estado do iPhone tocando o alto da
tela. Esta informação pode incluir a hora, vida útil da bateria, força do
sinal de Wi-Fi e outras.
Descrição de imagens.
Para os leitores terem uma ideia, todas as figuras, assim como o plano de
fundo de tela desses aparelhos, têm suas imagens descritas,
possibilitando-nos ouví-las: "Close de uma calça gins azul pespontada",
"Casa em uma rua de paralelepípedos cinza", etc. Está aí um projeto completo
de quem sabia o que estava fazendo, assim como para quem estava fazendo.
Pessoas surdas oralizadas podem também usar IPhone e estão se comunicando
por leitura labial, usando o facetime. Para as não oralizadas, que só se
comunicam por sinais, usam o o mesmo recurso apenas ao invés de filmar seu
próprio rosto para que seja lido pelo receptor das imagens, faz a lingua de
sinais. Existe também o recurso do Rybená, que é um tradutor de
português/LIBRAS.

É claro que no início fiquei com um mal jeito diante da tela, ao ter de dar
um toque com quatro dedos saía um toque com três dedos, por vezes um toque
duplo de dois ou três dedos no segundo toque já estava com um dedo a menos,
ao ter de passar o dedo da direita para a esquerda eu acabava apertando
muito em algum ponto desse arrastar que o "passar o dedo" era um "tocar o
dedo", que são coisas diferentes e eu quase achei que aquele negócio de
toques e passar dedos não era para mim. Mão pesada, ficava nervoso e tremia,
enfim, quis voltar para o meu Nókia bem tátil e falador... Mas, aos poucos,
sem eu entender hoje como eu podia não conseguir, fui aprendendo a tocar,
deslizar, com um, dois, quantos dedos e quantas vezes quisesse. E hoje estou
aqui dando uma de garoto propaganda da Apple para vocês. E eu nem mencionei
a navegação pelo Safari, navegador web do IPHONE, que aproveita toda a
acessibilidade possível feita nos sites.

Nosso trabalho como pessoa com deficiência está em conscientizar que a
acessibilidade nos meios de comunicação, entre eles a web, deve ser para
todos. Assim, se os desenvolvedores web começarem a ter um pouco mais de
consciência que ganharão mais pessoas em seus sites e sistemas, entre elas
pessoas com deficiência e que isso representa lucro e, ao mesmo tempo,
democracia digital, tenho esperança que IPHONE, IPODE e IPED crecerão cada
vez mais, deixando antiquado tudo aquilo que não for acessível.

Palavra de cego.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

LianeTTS

Definição
O LianeTTS é um aplicativo (compilador) que analisa texto e o traduz em texto compilado no formato de difones (.pho) para processamento e síntese de voz pelo sistema
mbrola (sintetizador de voz baseado na concatenação de difones). O LianeTTS é uma aplicação software livre, que se comunica com o usuário através de síntese de
voz, viabilizando, deste modo, o uso destes computadores por deficientes visuais.

Pode ser acoplado a diversos programas para produzir a síntese de voz, seja através de um uso direto de suas rotinas, ou preferencialmente pelo uso do sistema Speech
Dispatcher, que é uma camada de dispositivo independente para a síntese de voz que fornece uma interface de uso comum e fácil para ambas as aplicações clientes
(programas que disponibilizam texto para a conversão) e softwares sintetizadores (programas que de fato são capazes de converter texto para fala).

Motivação
A recente disseminação do conceito de software livre e a consequente determinação do Governo Federal pela sua adoção resultou na necessidade de obter soluções tecnológicas
que permitam a inclusão digital dos brasileiros com deficiência visual nesta nova tecnologia. Este é o propósito deste trabalho, o Sintetizador de Voz Liane TTS,
que visa ao desenvolvimento de soluções em software livre para serem oferecidas à sociedade.

A atual política do Governo Federal de incentivo à inclusão digital dos cidadãos brasileiros, priorizando a utilização de soluções de TI em plataforma aberta, faz
com que o SERPRO possua papel altamente relevante na busca por soluções de acessibilidade para o ambiente operacional Linux.

Estas ferramentas de acessibilidade serão distribuídas a sociedade, podendo tornar-se o principal mecanismo de viabilização econômica de acessibilidade digital
para os deficientes visuais brasileiros.
Instaladores e Manuais
Os arquivos abaixo disponíveis para download contem o arquivo de instalação e os manuais de utilização.


Clique nos links a baixo para efetuar o DOWNLOAD dos arquivos.

Programa para ser utilizado no LINUX
http://www.serpro.gov.br/arquivosdownload/LianeTTS_Linux.tar.gz

Programa para ser utilizado no WINDOWS
http://www.serpro.gov.br/arquivosdownload/LianeTTS_Windows.zip

sábado, 1 de outubro de 2011

Existe inclusão no Brasil?

Sim, o título desse texto, tem a intenção de realmente provocar, despertar em quem ler, talvez o interesse pela questão, afinal, existe inclusão no Brasil? se existe,
onde ela acontece? de que forma ocorre? Essas e outras perguntas, deveriam ser feitas diariamente por nós cegos, quando nos vissemos diante de alguma autoridade
constituida. Eles nos dizem, que estão fazendo muito por nós, porém a verdade é uma só, em nosso país, por parte do governo, só existe um rascunho do que chamam
inclusão, mas a maioria, é programa assistencialista, que nos mantém na margem da sociedade, sem direito a voz e vez. Nós, pessoas cegas ou com baixa visão, só
seremos notados, ouvidos e vistos pela sociedade, quando nos posicionarmos e não ficarmos aplaudindo as esmolas que o governo nos atira diariamente, enquanto, continuarmos
nessa posição achando que está tudo uma belezinha, só por termos um programa, que nos permite viajarmos de graça pelo país, ou um benefício que nos dá a condição
de termos o mínimo de dignidade, jamais seremos ouvidos como pessoas e cidadãos. Me desculpem, mas se somos excluídos, a maior culpa é nossa mesma, que nada fazemos,
que nenhuma contribuição damos, para mudarmos essa situação. Quer uma sociedade diferente? então, tenha coragem de se posicionar, tenha vontade de participar, não
ficando nessa boa vida esperando que tudo caia do céu... Cegos, vivem reclamando de tudo, para alguns, nada está bom, aí, quando um colega se destaca, conseguindo
um espaço, ao invés de ser aplaudido e insentivado, é jogado pra baixo e chamado de isnobe. Quem são os isnobes? aqueles que procuram melhorar sua vida? ou, aqueles,
que passam o tempo, criticando e a pontando defeito nos outros? pensa nisso e faça a diferença, procurando todos os dias, mudar sua vida e seu jeito de ser... Vou
ficando por aqui, mas espero, que essas reflexões, te ajudem a melhorar sua situação na sociedade, quer viver bem? com dignidade? sem precisar pedir nada pra ninguém?
então, vamos lá, estude, leia, pesquise e busque uma formação. Só assim, seremos gente e não apenas deficientes...

terça-feira, 2 de agosto de 2011

inclusão social

Nas últimas décadas tem se falado muito em inclusão social e bastantes ações vêm sendo tomadas no intuito de solidificar esta nova política encampada por diversos
organismos e entidades governamentais ou fora do governo. Para que os colegas entendam melhor do que se trata, usaremos aqui de certo reducionismo visando simplificar
a teoria. Inclusão social é o conjunto de ações voltadas para o combate da exclusão na vida em sociedade, isto é, pretendem colocar em evidência as potencialidades
de muitos seres humanos discriminados, segregados ou vitimizados pelos preconceitos em função da completa falta de informações por parte da maioria. Visam pois,
demonstrar na prática, quão grandes são as potencialidades ou capacidades de determinados grupos nas superação de seus limites, realizando tarefas que poucos acreditariam
ser possíveis. Esta política, pretende então, eliminar todas as barreiras, construídas ao longo dos séculos pela sociedade e provar que portadores de necessidades
especiais por exemplo, são tão capazes quanto qualquer outra pessoa considerada absolutamente normal, já que, como diz um filósofo certa vez, "a capacidade está
acima da sombrancelha e não abaixo dela" A questão, todavia está indo de encontro a um beco sem saída: por que as barreiras que se pretendem eleiminar estão a se
tornarem cada vez mais sólidas, como se verifica a título de ilustração, com o problema do preconceito? Se a questão é ser incluídos na participação ativa dos benefícios
da vida, como poderemos entender a irresponsabilidade de uma política que estão a "jugar", crianças e jovens cegos em escolas inadequadas para a formação dos mesmos?
Em nome da inclusão social, estão a serem exterminadas diversas instituiçções que atendiam aos deficientes visuais com toda a presteza, uma vez que se encontravam
adaptadas para este fim. Faz-se urgente descobrir onde está o erro.O que não pode nunca acontecer é o que se tem verificado ultimamente: uma Constituição que garante
e elege a educação de qualidade como prioritária, mas que não entanto, não dá quaisquer suportes para que esta prioridade se concretize. As escolas precisam com
a maior rapidez possível, serem preparadas para recepcionarem crianças, não apenas deficientes visuais, mas com qualquer tipo de deficiência, pois que é inconcebível
a existência de uma lei ou de uma política sem respaudo ou sem arcabouços que lhe permitam o cumprimento. Com relação ao preconceito mencionado acima, existem nas
universidades quotas para negros e índios: isto é inclusão social? Será queíndios e negros não sentirão discriminados por seus colegas, a lhes lançar sempre em
rosto que lá estão por conta de 10% de vagas reservadas e não por sua competência e grande intelectualidade? Será que estas notórias quotas não caracterizariam
exclusão, ao envés de inclusão? Fato análogo ocorre com portadores de necessidades especiais que possui certa porcentagem de vagas que por lei lhes são reservadas,
mas que tenho minhas dúvidas, nem sempre acontecem, nos concursos públicos em qualquer esfera do governo.
Me perdoem os defensores desta ideologia, mas creio que tal atitude é uma afronta à capacidade e inteligência desta minoria , que por muitas vezes mata um leão
por dia, objetivando mostrarem o quanto vale, não somente para o mercado de trabalho mas para a vida e para a sociedade que muito tem a aprender....